sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Dia de Nossa Senhora de Guadalupe


Nossa Senhora de Guadalupe é invocada como a Padroeira das Américas, protetora das vocações religiosas, das famílias e dos nascituros.

A imagem de Guadalupe
A Virgem Maria enviou o índio Juan Diego ao bispo franciscano Frei Juan de Zumárraga, para pedir a construção de uma igreja. Todavia, o prelado não quis dar crédito à mensagem. Em conseqüência, a Virgem concedeu ao bispo sinais irrefutáveis da autenticidade da notícia.
Estando no monte das aparições, Nossa Senhora disse a Juan Diego que subisse para colher várias flores diferentes e levá-las até Ela. Juan Diego ficou impressionado com a variedade de rosas que encontrou, por não ser estação dessas flores. As rosas estavam cobertas de orvalho, e pareciam pérolas. O alto do morro não tinha terreno apropriado para que lá crescessem flores, ainda mais rosas, e fora de época. Juan Diego apanhou diversas rosas, colocando-as em seu avental (tilma). Nossa Senhora pegou as rosas do manto, colocando-as nele novamente, dizendo que a diversidade de rosas eram a prova e o sinal que ele levaria ao Bispo, contando tudo o que havia visto no monte. Disse também que Juan Diego deveria desdobrar a tilma somente na presença do Bispo.
No palácio do Bispo, os serventes tentaram ver o que Juan Diego carregava. Com cuidado, ele descobriu a tilma que escondia e eles puderam ver algumas flores; ao verem que eram rosas fora de época, ficaram impressionados, ainda mais por verem-nas frescas, tão fragrantes e belas. Estenderam a mão para as rosas, mas, ao tentar pegá-las, elas pareciam pintadas ou estampadas ou costuradas no tecido. Ao relatarem esse fato ao Bispo, ele compreendeu que Juan Diego carregava a prova desejada.
Ao ser admitido na presença do Bispo, Juan Diego contou o que havia visto e feito, renovando a mensagem de Nossa Senhora que pedia a construção de uma igreja no monte das aparições. Então, desdobrou seu manto, onde estavam as rosas; quando elas caíram ao chão, apareceu subitamente o desenho da preciosa imagem de Nossa Senhora, como ela é vista até hoje no templo de Tepeyacac, chamada Nossa Senhora de Guadalupe.
Os olhos da Virgem
Em 1929, Alfonso Marcue, fotógrafo oficial da antiga Basílica de Guadalupe na Cidade do México, teve a impressão de ver a imagem de um homem de barba refletido no olho direito da Virgem. Mais de 20 anos depois, José Carlos Salinas-Chavez redescobriu a imagem, localizando-a também no olho esquerdo.
O oftalmologista Aste Tonsmann, cuja profissão era a de captar as imagens da Terra transmitidas do espaço pelos satélites artificiais, "digitalizou", no ano de 1980, a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, e os resultados foram surpreendentes.
Os pormenores que se observaram na íris da imagem são: um índio no ato de desdobrar sua tilma perante um franciscano; o próprio franciscano, em cujo rosto se vê escorrer uma lágrima; uma pessoa muito jovem, tendo a mão sobre a barba com ar de consternação; um índio com o torso desnudo, em atitude quase orante; uma mulher de cabelo crespo, provavelmente uma negra, serviçal do bispo; um varão, uma mulher e umas crianças com a cabeça meio raspadas; e mais outros religiosos vestidos com hábito franciscano. Isto é: o mesmo episódio relatado em língua náhualt por um anônimo escrito indígena na primeira metade do século XVI e editado em náhualt e em espanhol por Lasso de La Veja em 1649.
O que é radicalmente impossível, é que num espaço tão pequeno como a córnea de um olho, situada numa imagem de tamanho aproximado ao natural, um miniaturista tenha podido pintar aquilo que foi necessário ampliar duas mil vezes para que pudesse ser percebido.
A família na pupila dos olhos de Maria
Talvez um dos aspectos mais fascinantes é que Nossa Senhora não só nos deixou sua imagem impressa como prova de sua aparição, mas também mensagens que permaneceram escondidas em seus olhos para serem reveladas quando a tecnologia permitisse descobri-las — e em um tempo em que fossem mais necessárias. Este seria o caso da imagem de uma família, presente no centro dos olhos da Virgem, justamente quando a Família se encontra precisamente ante sérios ataques, em nossos dias.
A imagem de várias figuras humanas que parecem constituir uma família (incluindo várias crianças e um bebê levado nas costas por sua mãe, como se costumava no século XVI), aparecem no centro da pupila da Virgem, como centro de sua visão.